Em conformidade com as atividades de conscientização da Operação Shamar foi realizada, nesta sexta-feira, 2, no Parque Cesamar, em Palmas, uma ação educativa e preventiva de conscientização, promovida pela Secretaria da Segurança Pública (SSP/TO), por meio da Polícia Civil do Tocantins (PC-TO) em parceria com a Secretaria de Estado da Mulher (SecMulher).
O evento integra as atividades do Agosto Lilás, com foco em estratégias voltadas para o enfrentamento e a prevenção de crimes de violência doméstica e familiar contra a mulher. Durante a ação, além da distribuição de materiais informativos sobre os direitos das mulheres e os procedimentos para denúncias, foi enfatizada a importância do aplicativo Salve Mulher.
A ferramenta digital visa oferecer uma maneira rápida e segura para que as vítimas de violência doméstica possam solicitar ajuda e registrar denúncias, fortalecendo a rede de proteção e suporte disponível. O aplicativo é a única ferramenta no Brasil disponível para download em telefones celulares, desenvolvida exclusivamente pela SSP/TO.
De acordo com o escrivão de polícia e desenvolvedor do aplicativo, Rodrigo Barbosa Rodrigues, o aplicativo surgiu da necessidade da Secretaria em observância aos índices. Além disso, o aplicativo proporciona um canal direto e discreto de comunicação com as autoridades, facilitando a proteção das vítimas.
“O aplicativo Salve Mulher surgiu da crescente preocupação com o aumento dos índices de violência doméstica e familiar. Em resposta a essa necessidade, a Secretaria da Segurança Pública desenvolveu essa ferramenta inovadora, permitindo que as vítimas façam denúncias ou solicitem medidas protetivas diretamente pelo aplicativo. A divulgação do aplicativo em eventos como este contribui para o aumento dos downloads, oferecendo assim mais uma forma de amparo para as vítimas. Atualmente o aplicativo soma mais de 2 mil downloads, sendo uma ferramenta essencial e crucial para o combate às práticas de violência contra a mulher”, explica.
A diretora de Polícia do Interior e coordenadora de Mulheres e Vulneráveis da SSP/TO, Ana Carolina Braga, reforça a necessidade das ações que promovam a conscientização da sociedade. “A Polícia Civil realiza essa ação educativa de conscientização em parceria com nossos parceiros, para reforçar nossos canais de denúncia e o aplicativo Salve Mulher. Este é um momento para nos aproximarmos da comunidade, destacando a importância do combate à violência contra a mulher, com o objetivo de minimizar os casos e promover uma maior proteção e conscientização entre todos”, destaca.
Áurea Maria Matos Rodrigues, diretora de Ações de Enfrentamento à Violência contra a Mulher da SecMulher, reforça a necessidade de ações para a redução dos índices de violência. “É de vital importância realizar operações como esta em conjunto com a Polícia Civil. A colaboração entre as pastas é essencial para que possamos reduzir os altos índices de violência contra a mulher no Tocantins. Este evento serve justamente para isso, conscientizar e chamar a atenção da população para a causa”, ressalta.
Pela primeira vez na Capital, a agente de vigilância e saúde ambiental, Itânia Jesus Santos, destaca a importância dessa abordagem. “Muitas mulheres hoje em dia sofrem abuso dentro e fora de casa, e algumas não sabem como pedir ajuda. Por isso, essa mobilização deve ser enfatizada em todos os locais, para que todas nós possamos ter conhecimento dos canais de ajuda. Precisamos dizer não e saber falar não e nos sentir seguras. Não é não!”, afirma.
Operação Shamar
Lançada oficialmente na última quinta-feira, 1º de agosto, a Operação Shamar se estenderá até o dia 29 deste mês em todo o Tocantins. Com um enfoque especial na proteção e no apoio às mulheres, a operação visa não apenas identificar e combater práticas abusivas, mas também sensibilizar a comunidade sobre a importância da denúncia e do acesso aos canais de suporte disponíveis.
A operação é coordenada em nível nacional pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública e, no Estado, acontece por meio de ações desenvolvidas pelas unidades especializadas de proteção à mulher e pelas forças de segurança, especialmente as Polícias Civil e Militar.
Revisão Textual: Vania Machado