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Política

Candidatos de Araguaína Flertam com o PT em Segredo, Mas Se Alinham com o Bolsonarismo em Público

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Em Araguaína, dois candidatos à prefeitura têm se mostrado verdadeiros camaleões políticos. Apesar de se declararem bolsonaristas de carteirinha em suas redes sociais e nas telinhas, nos bastidores, a realidade é outra. Esses candidatos, que fazem questão de negar qualquer vínculo com o Partido dos Trabalhadores (PT) à luz do dia, estão desesperados para ter o apoio do partido do presidente Lula na eleição municipal.

A aproximação é estratégica: sabem que, em um cenário eleitoral tão disputado, o apoio do PT pode ser decisivo. Entretanto, esse flerte não passa de uma aliança temporária. A história recente de Araguaína mostra que, uma vez passado o período eleitoral, esses mesmos candidatos tendem a abandonar o partido no limbo, sem nenhuma preocupação em fortalecer a base petista na cidade.

Atualmente, o PT em Araguaína conta com 12 candidatos disputando cadeiras na Câmara de Vereadores da cidade. O partido teve recentemente uma baixa significativa com a desistência do ex-deputado Célio Moura, que precisou se afastar da corrida eleitoral por motivos de saúde familiar. Essa desistência abriu espaço para novas articulações dentro do partido e aumentou a pressão sobre os que desejam conquistar o apoio petista.

Nos bastidores, Zé Roberto, presidente estadual do PT, é apontado como um dos grandes entusiastas dessa estratégia de “rifar” o partido em Araguaína para o atual prefeito Wagner Rodrigues, claramente visando seus projetos particulares. Essa prática, no entanto, não é exclusiva da cidade: Zé Roberto já vem realizando manobras semelhantes em diversas cidades do Tocantins, priorizando acordos que favoreçam seus interesses pessoais em detrimento do fortalecimento da legenda.

A tentativa de conquista do PT revela uma contradição flagrante: enquanto pregam lealdade ao bolsonarismo para ganhar eleitores conservadores, nos bastidores demonstram que não têm escrúpulos em buscar qualquer apoio que possa garantir sua vitória nas urnas. Fica a pergunta: será que o eleitor araguainense está atento a essa duplicidade?

O flerte com o PT, no entanto, não engana os mais atentos. Para esses candidatos, a proximidade com o partido de Lula não passa de uma estratégia eleitoral, destinada a ser descartada assim que as urnas se fecharem. É preciso estar alerta para não cair no mesmo erro de quatro anos atrás, quando promessas de compromisso com o PT foram esquecidas assim que o período eleitoral terminou.

Carlos Silva – Acadêmico de Filosofia e Jornalista


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