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Ghostbusters: Polícia Civil conclui quatro inquéritos e indicia 38 pessoas por golpes praticados pela internet

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Prejuízos causados pela associação criminosa ultrapassam os R$ 200 mil Investigações da Polícia Civil desarticularam uma extensa rede de golpistas que atuava a partir do do Estado de São Paulo. - Foto: DICOM SSP TO

A Polícia Civil do Tocantins (PC-TO), por intermédio da Divisão Especializada de Repressão a Crimes Cibernéticos (DRCC – Palmas), concluiu neste mês, quatro inquéritos policiais relacionados à terceira fase da Operação Ghostbusters, deflagrada no último dia 10, em cinco cidades do estado de São Paulo.

A mencionada operação teve como objetivo promover a repressão a golpes financeiros, tendo resultado em um total de 38 indiciamentos em desfavor de indivíduos responsabilizados, de forma alternativa ou cumulativa, pela prática dos crimes de furto eletrônico, lavagem de capitais, corrupção de menores, organização criminosa e/ou associação criminosa.

O delegado-chefe da DRCC, Lucas Brito Santana, explica que os referidos procedimentos policiais foram instaurados no final do ano de 2022, ocasião em que nove vítimas, todas residentes no Tocantins, comunicaram que, após terem sido ludibriadas por falsos atendentes de instituições financeiras, tiveram suas contas correntes esvaziadas, amargando severos prejuízos econômicos, estimados, quando somados, em mais de R$ 200 mil.

Autores do Estado de São Paulo 

Com o aprofundamento das apurações e a realização de minuciosos trabalhos investigativos, revelou-se a existência de autênticos grupos criminosos, a partir dos quais indivíduos domiciliados no estado de São Paulo se uniram visando à obtenção de vantagens financeiras, mediante o cometimento de furtos em meio eletrônico e, consecutivamente, lavagem de capitais.

“Após a consumação das subtrações eletrônicas investigadas, os integrantes destes grupos alimentaram uma extensa rede de contas bancárias, visando à pulverização imediata das vultosas quantias ilicitamente obtidas, ao que empregaram uma série de artifícios para dissimulação da origem dos ganhos, notadamente saques fracionados, transferências sequenciais para beneficiários diversos e utilização de empresas fantasmas ou de fachada”, frisou a autoridade policial.

Operação 

No último dia 10 de outubro, a Polícia Civil do Tocantins, por  meio da DRCC, deflagrou a terceira etapa da Operação Ghostbusters, quando se visou o cumprimento de 14 mandados de busca domiciliar, além de quatro de prisão preventiva contra três indivíduos, sendo que dois deles ainda se encontram foragidos. Na oportunidade também efetivado o bloqueio e sequestro de parte dos valores obtidos criminosamente, junto às contas bancárias e aplicações financeiras de alguns dos investigados.

As conclusões investigativas foram remetidas ao Poder Judiciário e já estão sendo submetidas ao crivo do Ministério Público Estadual.

Alertas 

O delegado Lucas Brito Santana recomenda algumas medidas de segurança à população, no intuito de prevenir golpes financeiros:

1) Compreender que os bancos jamais entram em contato para solicitar a instalação de aplicativos ou encaminham links para atualização de dados. Em caso de dúvida, sugere-se que o próprio cliente faça contato com a instituição financeira, seja por meio de comparecimento presencial ou através dos canais oficiais;

2) Nunca instalar aplicativos desconhecidos ou acessíveis por links em mensagens instantâneas, SMS ou e-mails;

3) Acompanhar com regularidade os extratos bancários, ativando no aplicativo da instituição, se possível, o serviço de notificações em tempo real das transações realizadas;

4) Criar senhas fortes e não as compartilhar com terceiros.

Registro da Ocorrência 

Por fim, o delegado alerta que, se a pessoa, porventura, tiver caído em algum golpe eletrônico, que reúna todos os elementos comprobatórios do crime e que registre imediatamente o caso na unidade da Polícia Civil mais próxima, para que as investigações sejam iniciadas o mais rapidamente possível. Paralelamente, deve-se buscar a instituição financeira à qual a conta objeto de fraude está vinculada, a fim de contestar as transações indevidas.


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