Um homem foi brutalmente assassinado com vários disparos de arma de fogo, após ter sido sequestrado e torturado por membros de uma facção criminosa na região norte de Palmas. De acordo com informações apuradas pela reportagem da Agência Tocantins, o filho da vítima, um adolescente de 17 anos presenciou o pai ser executado com vários disparos de arma de fogo. A vítima foi identificada como Gisael de Sousa Cruz, 43 anos.
A ação rápida que resultou na elucidação do crime foi realizada pelos policiais civis da equipe de plantão da 1ª Central de Atendimento da Polícia Civil em Palmas e coordenada pelo delegado Douglas Sie, e contou com apoio dos militares do 1º BPM e equipe da Força Tática.
À reportagem da Agência Tocantins, o filho da vítima disse que havia sido sequestrado juntamente com o seu pai, por cerca de quatro homens e uma mulher que segundo ele, são membros de uma facção criminosa de renome nacional com origem no estado de São Paulo (PCC).
O jovem informou aos policiais, que após ter sido sequestrado, foi levado para uma área de mata nas proximidades de um pequeno frigorífico localizado próximo à rodovia TO-050, na saída para Lajeado.
Ainda segundo o adolescente, após chegar na área de mata, os criminosos de posse de armas de fogo, colocaram seu pai de joelhos, momentos que a mulher identificada como Malu Lemos de Oliveira, teria efetuado cerca de cinco tiros em seu pai.
Desesperado, o menor disse que aproveitou a distração dos criminosos e conseguiu fugir correndo para dentro de um matagal. Horas mais tarde, o adolescente conseguiu ajuda em uma chácara onde acionou a Polícia Militar e informou o ocorrido.
Reviravolta no caso
Para tentar criar um álibi e não responder pelos crimes de homicídio, tortura, ocultação de cadáver, sequestro, tentativa de homicídio e organização criminosa, Malu Lemos de Oliveira, apontada pelo menor como sendo a autora dos disparos que atingiram seu pai, foi até a 1ª Central de Atendimento da Polícia Civil – 1ª CAPC, para registrar uma ocorrência, informando que um grupo de criminosos teria invadido a residência onde ela mora com os familiares e a sequestrado juntamente com um de seus irmãos.
Ainda na delegacia, Malu que atualmente está cumprindo prisão domiciliar monitorada com tornozeleira eletrônica, disse que foi amarrada e colocada dentro do porta-malas de um veículo e levada para uma área de mata, onde teria sido agredida e ameaçada de morte.
Ela disse aos policiais civis que estavam de plantão que só não foi assassinada porque conseguiu correr e procurar por socorro na delegacia. Ainda na 1ª Central de Atendimento da Polícia Civil – 1ª CAPC, quando Malu ainda relatava o fato ao delegado Douglas, policiais militares chegaram com o adolescente, filho da vítima, momentos que o menor reconheceu Malu como sendo a assassina do seu pai e a questionou “Onde você jogou o corpo do meu pai que você matou?”
Após ser questionada, a mulher se enfureceu e em voz alta, afirmou que quando saísse da delegacia iria assassinar o menor com um tiro na cabeça.
Diante do ocorrido o delegado Douglas Sie solicitou a equipe de policiais civis que estavam no plantão para realiar buscas pela região informada pelo filho da vítima com o intuito de localizar o cadáver e com isso elucidar o crime.
Nossa equipe de reportagem acompanhou com exclusividade às buscas pelo corpo da vítima e teve o apoio dos policiais militares do 1º BPM e equipe de Força Tática também do 1º Batalhão. As buscas pelo corpo de Gisael de Sousa tiveram início às 3h da madrugada, porém, o corpo foi encontrado por volta das 9h da manhã deste domingo, 24, em uma área de mata localizada nas proximidades da Universidade Federal do Tocantins – UFT.
Após localizar o cadáver, a perícia da Polícia Técnica Científica foi acionada e ao comparecer no local realizou os procedimentos periciais e em seguida o corpo foi levado para a sede do Instituto Médico Legal – IML pelo rabecão da Polícia Civil.
Malu Lemos de Oliveira confessou à autoridade policial a autoria do crime e foi autuada em flagrante pelos crimes de homicídio, tortura, ocultação de cadáver, sequestro, tentativa de homicídio e organização criminosa. Após a realização dos procedimentos cabíveis em Lei, Malu que já responde por tráfico de drogas e porte ilegal de arma de fogo, foi colocada à disposição do poder judiciário na Unidade Penal Feminina de Palmas – UPFP.