Laurez tenta comprar deputados estaduais para cassar Wanderlei, mas consegue apenas oito assinaturas

O governador em exercício Laurez Moreira (PSD) tem procurado pessoalmente cada um dos deputados estaduais para assinarem um documento exigindo que o presidente da Assembleia Legislativa do Tocantins Amélio Cayres (Republicanos) que paute um dos quatro pedidos de impeachment contra o governador afastado Wanderlei Barbosa (Republicanos), protocolados na Aleto desde a decisão do Ministro Mauro Campbell, no dia 3 de setembro deste ano.

Em contrapartida Laurez tem oferecido cargos e emendas milionárias com repasse quase imediato. Para os deputados que não assinam ele ameaça retirar as indicações políticas que já existem e ainda deixar de pagar as emendas que os deputados têm direito por lei. Apesar de tudo isso, das 16 assinaturas necessárias para cassar o mandato do governador Wanderlei Barbosa, Laurez conseguiu apenas metade: 8 assinaturas.

O deputado Gutierres Torquato (PDT) líder informal do governador interino na Aleto também tem feito pressão nos colegas. “Ele [Gutierres] tem feito essa pressão aqui na ausência do Laurez, mas não pretendo ceder, pois no meu entendimento Wanderlei não foi sequer denunciado e pode voltar a qualquer momento pelas mãos da propelia Justiça que o afastou”, disse um dos parlamentares sob a condição de anonimato.

Outro parlamentar que também foi procurado disse que “não existe clima para pautar um processo de impeachment contra Wanderlei, pois apesar do afastamento pela Justiça ele ainda goza de grande apoio popular. Seria difícil explicar para o nosso eleitorado como nós deputados que tanto fomos beneficiados por ele agora assinamos um pedido de cassação”, afirmou.A pressão feita por Laurez é vista como uma tentativa de encerrar as chances de retorno de Wanderlei Barbosa ao cargo, uma vez que aumentam as chances do ministro do Supremo Tribunal Federal Nunes Marques, relator do pedido de Habeas Corpus, colocar o processo em votação ou mesmo dar uma decisão monocrática.

A próxima sessão presencial da segunda turma do STF, da qual Nunes Marques faz parte será na próxima terça-feira, dia 4 de novembro e a sessão virtual na sexta-feira, dia 7.

por: Juca.C.Siva