Projeto Auê leva oficinas da técnica para diversos espaços, entre eles, os hospitais
Com estampas variadas, amarrações diferenciadas e a ideia de levar autoestima para as pacientes oncológicas do Hospital de Amor, o projeto Auê na Comunidade realiza, nesta quinta-feira, 10, a partir das 16 horas, uma oficina técnica de amarração de lenços e turbantes para as mulheres.
O curso, aplicado durante a programação do projeto Arte de Viver, será ministrado pela estilista Cristiane Ferreira. A oficina faz parte das ações contempladas pelo edital LPG/2024 cultura-afrobrasileira da Fundação Cultural de Palmas.
Stella Antunes, diretora do projeto, lembra que o turbante é um acessório muito utilizado na cultura africana por mulheres desde muito jovens, sendo muito além da questão estética, mas se tornando uma peça representativa de força, resistência e ancestralidade.
“No processo de resgates das raízes afro-brasileiras, o turbante vem se popularizando como indumentária que também simboliza quebras de paradigmas, como a autovalorização na busca das singularidades que herdamos de nossos ancestrais africanos. E como no caso de Cristiane Ferreira, que o acessório se tornou um aliado em seu processo de transição capilar, ela se encantou com as inúmeras possibilidades de usos dos lenços e tecidos, o que despertou a vontade de repassar este conhecimento para outras pessoas”, pontua.
A partir desta ideia, nasceu o projeto Auê Turbantes, que foca em levar oficinas da técnica para diversos espaços, entre eles, os hospitais. “Sempre era convidada a ministrar oficinas para mulheres em processos de transição, e para além disso, a pacientes vítimas de queda de cabelo por patologias clínicas como alopecia e câncer. Nosso objetivo é desenvolver diversas ações que melhorem a qualidade de vida das pacientes,”, conta Cristiane.
A especialista reforça que a oficina além de melhorar a autoestima destas mulheres, estimula o desenvolvimento das atividades de vida diária, que é o autocuidado. “Sabemos que a hospitalização tira muito da nossa vaidade, então acreditamos que atividades como esta renova a vivacidade das pacientes e nossa gratificação é enxergar o sorriso no rosto após eles colocarem um turbante e se verem renovadas diante do espelho. Nós queremos de alguma forma trazer um alento para essas mulheres”, comenta.