Política

Presidencialismo de Coalizão e a Crise Brasileira

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foto Ascom: Gylwander Peres

Para analisar o atual momento da política nacional e seus desdobramentos, o Impacto Tocantins conversou com o cientista político Gylwander Peres

O governo federal enfrentou na semana passada uma sequência de derrotas no Congresso Nacional. Os reveses passaram por diferentes agendas e revelaram dissidências na base de apoio ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A Câmara dos Deputados aprovou taxa de 20% sobre compras e o Congresso derrubou 2 vetos do petista e manteve 1 de Bolsonaro.

Com o objetivo de analisar essa situação e seus efeitos, o Impacto Tocantins ouviu o cientista político Gylwander Peres, que é especialista em Instituições e Processos Políticos do Legislativo.

Para Peres, mudanças institucionais ocorridas nos últimos anos ampliaram a autonomia do Poder Legislativo. “As ferramentas de poder do governo mudaram nos últimos anos e a condução da coalizão se tornou ainda mais desafiadora. “

Gylwander Peres entende que a crise instalada no país teve como causa a inabilidade de gerir o presidencialismo de coalizão. “ Acomodar diferentes setores e distribuir o poder para garantir a governabilidade tem sido a tônica que atravessou os diferentes arranjos governamentais democráticos brasileiros.” Qual a receita para gerenciar o presidencialismo de coalizão neste momento? Aperfeiço-lo”, disse

O caminho para vencer a atual crise, conforme análise do cientista político, “está na capacidade dos nossos agentes políticos de repactuarem algum acordo com esse objetivo – um pacto amplo entre diversos segmentos envolvidos nessa disputa de poder, que permita construir um horizonte de reestabilização não só cenário político, mas institucional também”, afirmou.

“Todos esses movimentos comprovam que precisamos analisar criticamente e de maneira equilibrada a democracia, o presidencialismo e os poderes da República”, finalizou.

 

Por: Juca C Silva


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