O Tocantins tem vários donos, mas os direitos não pertencem aos indígenas, que acabam ficando apenas com os deveres. A CONAFER – Confederação Nacional dos Agricultores Familiares – tem trabalhado para mudar essa realidade.
De indígena para indígena, surge o coordenador estadual Vinicius Kariry Sapya, mais conhecido como Vinicius Pataxó, que tem realizado um trabalho de apoio às aldeias do Tocantins.Através de ações como distribuição de cestas básicas e construção de casas orgânicas e ambientalmente responsáveis, ele tem conscientizado a população indígena sobre seus direitos e deveres.
Vinicius Pataxó tem demonstrado sua capacidade em lidar com ações afirmativas através de seu carisma e dedicação em servir seus parentes.
A CONAFER tem como princípio a emancipação de todos os indígenas do Brasil, colocando em suas mãos o futuro de suas próprias vidas e juventude.
O Brasil é um país indígena que ainda não passou por uma reforma agrária, e o agronegócio é considerado o maior destruidor de biomas.
A CONAFER também possui tecnologia na produção de gado, mas respeita a natureza e seus defensores.
É possível produzir tanto na agricultura familiar quanto na agricultura em grande escala, desde que haja consciência e respeito pelos donos da terra.
“Invasão” é uma das palavras que melhor representa o preconceito contra aqueles que são donos da terra e apenas querem ter as melhores condições para produzir.
Vinicius Pataxó, um jovem carismático que chegou ao Tocantins trazendo uma mudança radical às necessidades e ações da população indígena, tem sido excepcional em seu papel.
A CONAFER proporciona educação, moradia de qualidade nas aldeias, alimentação adequada e cidadania. Vinicius Pataxó é coordenador da pasta indígena no Tocantins e enfrenta o desafio de lutar pelo povo indígena, com muito êxito e admiração.
Ouso afirmar que Vinicius Pataxó merece o título de verdadeiro tocantinense, título esse não concedido pelo poder político, mas sim pelos verdadeiros donos dessa terra que chamamos de Tocantins: CO YVY ORE RETAMA, que significa “Esta terra é nossa” em tupi-guarani.
Por: Carlos Silva (Acadêmico de filosofia)